DR. GUSTAVO RACHID Especialista em Cirurgia Digestiva

Robótica

Robótica

A palavra “robô” vem de um termo tcheco chamado “Robota”, que significa trabalho, daí a associação de uma máquina fazer o trabalho foi automática.  

A ideia de se ter um braço mecânico controlado à distância por um cirurgião vem desde as guerras mundiais. Na cirurgia do trauma existe uma necessidade de se ter um tratamento adequado na primeira hora após o trauma, o que muitas vezes não é possível no campo de batalha. Então a ideia de trazer o traumatizado rapidamente a um hospital de apoio com um cirurgião super capacitado à distância era um sonho a ser perseguido.

Com tecnologia da corrida espacial no final da década de 50 foi possível a transmissão de dados de boa qualidade e com isso o desenvolvimento de braços mecânicos sendo comandados por distanciamento.

 

O primeiro robô utilizado em humanos foi no ano de 1985, chamado PUMA que fazia biópsias guiadas em neurocirurgia. 

Em 1994, nos EUA, foi desenvolvido um sistema robótico de endoscopia chamado AESOP que teve três gerações evoluindo, com o tempo, a qualidade de imagem e o movimento.

 

Em 1998 uma empresa chamada Computer Motion associou o AESOP da endoscopia a dois braços mecânicos e desenvolveu um robô cirúrgico chamado ZEUS.

 

No ano de 2001 ocorreu a primeira cirurgia robótica intercontinental, batizada de operação de Lindbergh ( em homenagem ao primeiro aviador a cruzar o atlântico dos EUA para Europa). Nesta cirurgia o Prof. Jaques Marescaux, em Nova York,  realizou uma retirada de vesícula numa paciente em Estrasburgo na França. Isso só foi possível com o ZEUS e um sistema de teletransmissão de dados por fibra óptica chamado Sócrates.

Nessa mesma época uma empresa chamada Intuitive criava o robô chamado Da Vinci. Uma verdadeira revolução tecnológica. Era composto por um exoesqueleto com quatro braços mecânicos, um console de comando com o cirurgião sentado à distância e uma torre de comando. Esse sistema passou por várias atualizações de modelos com melhoria de imagem, movimento, precisão e incorporações de tecnologia de energia e grampeamento de tecidos. 

 

Esse foi o primeiro modelo chamado Da Vinci S. Com esse modelo chamado Si veio a tela 3D full HD interativa ao toque.

E esse é o que temos de mais moderno. O Da Vinci Xi. Dotado de braços mais ergonômicos com melhor triangulação que permite acessar toda a cavidade abdominal. Incorpora todas as tecnologias disponíveis de energia sendo extremamente preciso com  imagens em 3D de excelente qualidade.

A essa altura você deve estar se perguntando: –Ok, legal, mas qual a vantagem de ser operado por um robô?

O Sistema Robótico apresenta as seguintes vantagens em relação à laparoscopia convencional:

  • Visão em 3D (a laparoscopia é em 2D). O que facilita muito a correta dissecção dos tecidos.

  • Movimentos precisos sem tremores – o robô filtra todos os pequenos tremores da mão humana.

  • Maior liberdade de movimentos – o robô é capaz de fazer movimentos com suas pinças que nem a mão humana e muito menos as pinças da laparoscopia convencional são capazes de realizar. Isso permite melhor acesso a espaços restritos como a pelve humana.

  • Ergonomia – o cirurgião opera sentado com braços apoiados no console, o que evita fadiga em cirurgias de grande porte. O cansaço do cirurgião influi diretamente na segurança e na qualidade da cirurgia.

  • Tecnologias associadas – o robô incorpora tecnologias como a fluorescência que permite enxergar melhor a vascularização dos tecidos que estão sendo manipulados.

Quem ganha com isso? Sem dúvida: TODOS! Principalmente o paciente que tem uma cirurgia tecnicamente mais bem feita e com isso menor trauma cirúrgico, consequentemente melhor recuperação, menos analgésicos, menor índice de complicação.


E as desvantagens? Sim, também devem ser lembradas. Entre elas a principal, o preço! Não está no rol da ANS e, portanto, não é de cobertura obrigatória pelas operadoras de saúde. Mas isso não chega a ser impeditivo, uma vez que o paciente tem que arcar basicamente com a taxa de utilização do Robô, estando todo o restante coberto pelo plano. Uma outra questão é a disponibilidade, já que ainda não existem robôs em todo lugar. Vale lembrar ainda o alto grau de especialização técnica que o cirurgião precisa ter para ser certificado a utilizar esse recurso.


Vou deixar aqui pra vocês dois pequenos vídeos demonstrativos para se ter uma ideia da precisão e da capacidade desse recurso incrível que estou oferecendo aos meus pacientes!

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