Doença de difícil detecção e com comportamento agressivo, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade. A boa notícia é que a robótica pode ajudar no tratamento, trazendo mais qualidade de vida aos pacientes.
Esse órgão é essencial para o sistema endocrinológico: além de produzir hormônios como insulina e glucagon, o pâncreas é responsável pela secreção do suco pancreático, que contém enzimas para digestão de gorduras.
No Brasil, o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 1% de todos os tipos de câncer diagnosticados, e por 5% do total de mortes causadas pela doença. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a estimativa anual de novos casos é de 10.980, sendo 5.290 homens e 5.690 mulheres. Quanto ao número de mortes, o último levantamento do Atlas de Mortalidade por Câncer aponta 11.974 óbitos no ano.
Benefícios da robótica no tratamento de câncer de pâncreas
A robótica desempenha um papel importante no tratamento da doença, melhorando a eficácia dos procedimentos médicos. A cirurgia robótica é uma opção cada vez mais acessível para a remoção de tumores pancreáticos.
Com essa tecnologia, os cirurgiões conseguem realizar um procedimento menos invasivo, preciso e seguro, algo fundamental no caso de doenças no pâncreas, que fica localizado em uma região de difícil acesso, próxima a órgãos vitais.
As técnicas robóticas garantem incisões menores e menos danos aos tecidos adjacentes. Confira outras vantagens:
– Melhor visualização: as plataformas robóticas são equipadas com câmeras de alta definição que fornecem uma visão 3D do campo cirúrgico. Com isso, os cirurgiões conseguem identificar e preservar estruturas críticas enquanto removem o tumor.
– Mais precisão: os braços robóticos oferecem controle preciso, permitindo que os cirurgiões realizem movimentos complexos com segurança.
– Monitoramento: robôs equipados com sensores podem ser usados para monitorar a recuperação dos pacientes no pós-operatório, proporcionando dados em tempo real.
– Treinamentos: a robótica pode ser utilizada em simulações para cirurgiões, aprimorando suas habilidades e preparando para casos complexos de câncer de pâncreas.
Fatores de risco do câncer de pâncreas
O risco de câncer de pâncreas aumento com a idade. Raro antes dos 30 anos, tornando-se mais comum a partir dos 60. Condições como obesidade; diabetes tipo 2; tabagismo; consumo excessivo de álcool; baixo consumo de fibras, frutas, vegetais e carnes magras; condições genéticas ou hereditárias aumentam o risco de desenvolver a doença.
Sintomas do câncer de pâncreas
Como citado anteriormente, os diagnósticos costumam ocorrer em estágio avançado, pois o câncer de pâncreas em estágio inicial geralmente não apresenta sintomas claros.
Quando um crescimento cancerígeno bloqueia o ducto pancreático, as enzimas digestivas não são liberadas no intestino, então, desconfortos como indigestão e inchaço podem ser notados. Se o tumor bloquear o ducto biliar, ocorre um amarelecimento da pele (icterícia).
Outros sinais de alerta são:
– Perda de apetite;
– Perda de peso inexplicável;
– Dor na parte superior do abdômen;
– Urina com tonalidade escura;
– Fadiga;
– Náusea ou vômito;
– Dores nas costas.
Prevenção do câncer de pâncreas
A melhor maneira de prevenir o câncer de pâncreas é adotar um estilo de vida saudável. Fumar é o maior fator de risco conhecido, responsável por 40% dos cânceres pancreáticos. Portanto, abandonar o cigarro é fundamental para reduzir o risco da doença.
Manter uma dieta balanceada, evitar a ingestão de álcool e de refrigerantes, e exercitar-se são medidas que também podem ajudar.
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