O pâncreas desempenha um papel fundamental na digestão e na regulação do açúcar no sangue. Essa glândula localizada atrás do estômago produz enzimas digestivas que ajudam na quebra de alimentos no intestino, além de liberar hormônios, como insulina e glucagon, que regulam a glicose no sangue.
Se o órgão for acometido de alguma doença, pode ser necessário recorrer a cirurgia. Esses procedimentos são complexos, exigindo uma avaliação cuidadosa e atuação multidisciplinar, com cirurgião e sua equipe, anestesista, intensivista e fisioterapeuta. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado fazer a diferença na recuperação e na qualidade de vida.
Saiba mais sobre o tema a partir de agora.
Quando a cirurgia no pâncreas é indicada
Algumas das condições que indicam a necessidade de procedimento cirúrgico no pâncreas são:
– Pancreatite Crônica: caracteriza-se pela inflamação prolongada do pâncreas, podendo causar dor intensa e algumas complicações;
– Câncer de Pâncreas: um dos tipos de câncer mais agressivos, muitas vezes só é diagnosticado quando já atinge estágios avançados;
– Cistos Pancreáticos: acúmulos de líquido podem causar dor e desconforto;
– Tumores Neuroendócrinos: afetam a produção hormonal do pâncreas.
Sintomas como dores abdominais, náuseas, vômito, perda de peso, icterícia, urina escurecida, perda de apetite, coloração amarela na pele e olhos, presença de gordura e forte odor nas fezes podem indicar inflamação ou câncer de pâncreas.
Por ser bastante agressivo e muitas vezes demorar para ser identificado, é importante fazer o diagnóstico do câncer de pâncreas o quanto antes. O tipo mais comum, o adenocarcinoma, é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados, e por 4% do total de mortes causadas pela doença.
Tipos de cirurgia no pâncreas
Inicialmente, as cirurgias podem ser divididas em três tipos, dependendo do local do órgão a ser operado. As pancreatectomias podem-se caudais, centrais ou cefálicas (duodenopancreatectomia).
Há ainda tipos diferentes de procedimentos, de acordo com a condição detectada pelo médico. Os principais são:
– Pancreatectomia: remoção parcial ou total do órgão. A pancreatectomia distal remove a parte inferior do pâncreas, enquanto a proximal (ou Whipple) envolve a retirada da cabeça do pâncreas, parte do intestino delgado e da vesícula biliar.
– Enucleação: remoção de tumores pequenos, preservando o tecido saudável.
– Desvios biliares: em casos de obstrução causada por tumores, cirurgia desvia o fluxo biliar.
– Drenagem de cistos: procedimento para acabar com dores e evitar possíveis complicações.
– Inserção de Stent: permite a permeabilização do duto biliar bloqueado, mantendo-o aberto.
– Endoscopia: utilização de técnica menos invasivas para tratar certos problemas como dilatação de ductos ou remoção de cálculos.
Atualmente, a realização da cirurgia robótica para a realização de procedimentos como a duodenopancreatectomia é cada vez mais comum, com incisões menores, mais segurança e precisão, proporcionando uma recuperação mais rápida.
Pós-operatório da cirurgia de pâncreas
A recuperação após uma cirurgia no pâncreas costuma ser tranquila, desde que sejam seguidas as orientações médicas, com consultas de acompanhamento, alimentação saudável e prática de atividades físicas.
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